16 de jun. de 2009

Opera Unite: Vamos colocar todo o computador na Web

A Opera Software lançou recentemente a versão 10 do seu web browser. Poderia passar desapercebido se não fosse pelo fato de ter sido lançado junto o Opera Unite. A idéia é simples. Disponibilizar qualquer tipo de informação na web.

Ok. A idéia de disponibilizar qualquer informação na web não é nenhuma novidade. Mas o Opera Unite promete ser uma revolução disponibilizando não apenas informação, mas serviços também. É possível compartilhar qualquer tipo de arquivo (documentos, planilhas, músicas, vídeos) e é possível escolher se os arquivos serão públicos ou privados e quem terá acesso a estes arquivos.

Alguns serviços já foram disponibilizados:
File Sharing que como o próprio nome já diz, permite compartilhar seus arquivos;
Media Player permitirá que o usuário acesse sua biblioteca de música de qualquer lugar;
Web Server disponibilizará sites que estarão hospedados no próprio computador do usuário;
Photo Sharing permitirá compartilhar as fotos do usuário;

A idéia não é a criação de "simples" aplicações, como aconte com os add-ons do firefox e sim a criação de novos serviços por parte da comunidade.

LEIA MAIS:


Opera Unite

Opera Developer Community

Opera Unite - Youtube

Opera Unite Instructions - Youtube

15 de jun. de 2009

Android suportará Ruby e JavaScript além de Lua e Python

O blog Google Open Source anunciou que o Android, plataforma para telefones móveis do Google, irá suportar Ruby e JavaScript.

Com isso o número de linguagens aumentará para cinco. O Android já possui suporte para Python, BeanShell e a linguagem brasileira Lua.


Será possível editar os scripts diretamente no celular.


O Script Mananger apresenta todos os scripts disponíveis.


Os scripts poderão ser executados interativamente ou em segundo plano como um serviço.


Terminais interativos podem ser iniciados para suporte aos interpretadores.


Os scripts poderão utilizar a interface Gráfica do Android para receber dados do usuário.

"Cultivar heresias é preservar a sanidade"

Luli Radfahrer está em alta por aqui. Tudo culpa do meu companheiro de blog Bernardo Loureiro, que "evangelizou" tanto a mim quanto ao Luiz Eduardo.

Luli é Ph.D. em comunicação digital e professor da ECA/USP. Mas, mais importante do que isso, Luli é uma voz dissonante nesse nosso mundo digital.

Autor do livro A Arte da Guerra para Quem Mexeu no Queijo do Pai Rico (só o título já valeria o preço), onde expõe o fiapo de discurso dos livros de "auto-ajuda corporativa", Luli também é um defensor do livre pensar. Algumas de suas frases mais fortes são "O perfeccionismo é maligno" e "Cultivar heresias é preservar a sanidade. Você ainda não é um ciborgue".

Não é por acaso que o discurso de Luli surja num momento em que já há pessoas repensando se toda essa velocidade e necessidade de informação, de estar up-to-date, de se adequar as cada vez mais estritas e exigentes necessidades do mercado de trabalho são saudáveis para o ser humano.

Hoje, o cliente final, o usuário, o ser humano, é fundamental e mais levado em conta em tudo que é feito. Não por acaso, estudos de usabilidade, user experience, acessibilidade, design de interface, marketing de serviço e de atendimento estão tão em voga... a concorrência é cruel, e a internet e as redes sociais amplificaram o velho "boca-a-boca". O consumidor não leva mais desaforo pra casa.

Por outro lado, o ser humano é exigido cada vez mais no seu limite. Tem que saber cada vez mais, errar cada vez menos e "se encaixar" num modelo pré-determinado de comportamento corporativo que ultrapassa o que faz no expediente (afinal, pode-se buscar pelo seu nome no Google, no twitter, no Orkut...). Será que isso não inibe nossa espontanealidade? Como ser criativo olhando 8 horas para uma tela com todos os seus sites e e-mails bloqueados pelo "infra"? Como entender o mundo sem vê-lo?

Será que para enriquecermos nossa experiência humana no século XXI, precisaremos nos tornar menos humanos?

Valorizamos e desvalorizamos o que somos todos os dias. Ao mesmo tempo. Meio esquizofrênico e bipolar isso, não?

É do que fala o Luli. Provavelmente, uma voz sonhadora e dissonante que se perderá no rolo compressor do cotidiano. O mundo não pode parar, e não irá.

Mas é também uma situação meio Matrix. As pílulas foram dadas. Qual cor você escolherá?


LEIA MAIS:

Livro de Luli Radfahrer "A arte da guerra para quem mexeu no queijo do pai rico"

luli.com.br, site do Luli Radfahrer

"O que você faz?" Uma palestra de Luli Radfahrer

10 de jun. de 2009

Mashuparam os buscadores

Na música, "mashup" tem um significado um pouco diferente do termo utilizado em TI/programação.

Enquanto no nosso mundo digital mashups são aplicações web que usam conteúdos de diferentes fontes para criar um novo serviço, na música são canções feitas a partir da fusão de duas ou mais músicas.

É o que faz o BINGLE, um site que junta, numa mesma página, os resultados do Bing (sistema de busca recém-lançado, em versão beta, pela Microsoft) e do Google, lado a lado.

Além de poupar tempo de quem vai fazer buscas, é interessante para ver as diferenças de indexação entre os dois sistemas.

Por exemplo: numa busca por "Beatles", no Google os dois primeiros resultados foram o verbete da banda na Wikipedia e o site oficial beatles.com. No Bing, a busca só deu resultado em sites brasileiros, na maioria .com.br, apesar de não estar selecionada a opção "Apenas Português(Brasil)".

Talvez fosse o caso da Microsoft acessar o Bingle pra dar uma comparada...

LEIA MAIS:

Pesquise no Bingle

O que é um mashup musical (em inglês)

Mashups em aplicações web